sábado, 13 de setembro de 2008

Manifesto da Esquerda Vicejante


Texto integral

Apresentação

Que seria de um Deus sem
essa névoa que o protege e encobre”?
(Rainer Maria Rilke
)

No princípio era o “Manifesto Comunista de 1848”; e sobre o texto de Karl Marx e Fiedrick Engels há já alentado conjunto de estudos, entre outros, de Charles Andler, Alexandre Kofe, Bottigelli, Chatelet. Agora o Manifesto da Esquerda Vicejante, que não tem a pretensão de merecer estudo nenhum. Do primeiro se disse, como no comentário da abertura à sua segunda edição, que são a “expressão geral das relações efetivas de um movimento histórico que acontece sob nossos olhos”; e desde agora provavelmente nunca se dirá nada com tanta pompa. Do primeiro se pode afirmar, como Francis Fukuyama, que foi “profético”; e deste se poderá dizer quase tudo, inclusive, – como seu inspirador – é também profético. Mas o primeiro pode ser acusado de ter “embalsamado”, ou de se ter “convertido em peça de museu”, segundo palavras de Claude Lefort. O que nunca será o caso deste agora, que pode ser tudo, menos peça de museu.

A idéia de usar “manifestos” para divulgar idéias na verdade não é nova. Já a usou por exemplo o padre Lebret, em seu bem conhecido Manifesto por uma Civilização Solidária – em suas próprias palavras a tentativa de “indicar um caminho que permita à humanidade sair dos impasses em que se encontra”. Filippo Tomaso Marinetti fez publicar em 1909 um “Manifesto Futurista” no Jornal Figaro; inspirando entre nós o “Manifesto Antropofágico” e o :Manifesto da Poesia Pau-Brasil”, com os quais Oswald de Andrade deu continuidade ao movimento nativista no Brasil. Sami Rosentein – dito Tristan-Tzara – escreveu um Manifesto Dadaista. André Breton publicou em 1924 e 1930 dois Manifestos surrealistas, pregando o não conformismo e a fórmula de criação denominada “automatismo psíquico”. Mais recentemente tivemos o Manifesto Neo-concreto, de Ferreira Gullar, e o Manifesto da Poesia Praxis, de Mário Chamie. Sendo provável que muitos outros “manifestos” existam ainda, por esse mundo de Deus.

No fundo esse Manifesto da Esquerda Vicejante trata da tragédia institucional que vivemos hoje, no Brasil, com a sobrevivência dos padrões autoritários para além do fim da “Revolução” dita redentora, inaugurada em 1964. Porque o autoritarismo marca com o mesmo ferro quem está com ele e que está contra ele, como espelhos invertidos;”througt the looking glass”, aproveitando o título de Carrol. Em verdade vos digo que somos uma geração irremediavelmente comprometida, preconceituosa, mais preparada para falar do que para escutar; generosa com os que pensam como a gente e excludente com nossos desiguais. Como passamos tempo demais na resistência democrática, acabamos mais preparados para os atos do não, apenas; incapazes de perceber a beleza de um “sim numa sala negativa”, como no dizer de João Cabral. Somos gente que passou toda a vida resistindo ao autoritarismo, e que de repente experimenta o sal da liberdade, despreparada para a aventura da democracia.

Esse manifesto de que aqui tratamos fala disso como um ato de amor. De humor também. De um amor bem humorado que nos faz bem e nos faz falta. Temos aqui uma crítica à prática política dos nossos companheiros que finda sendo devastadora, porque o humor cáustico do autor revela verdades cruéis. Mas o texto é sobretudo um ato de confiança no futuro, em nossas potencialidades, na generosidade de nosso povo, em nosso destino histórico.Um ato de fé no tempo, bem-vindo e esperado, em que juntos seremos capazes de produzir, como nos versos que leremos, “raízes, caules, folhas,. flores e frutos”. Para todo o sempre. Amém.

José Paulo Cavalcanti Filho
Recife, junho de 1994

Nota do autor



O Manifesto

“Vicejar (De viço + ejar)
1)Ter viço, vegetar com opulência, viçar (...).2)Ostentar-se de maneira brilhante ou exuberante; garrir (...).
3) Dar o viço a (...).4)Fazer brotar exuberantemente (...).5) Brotar, produzir, lançar (...)”
(Novo Dicionário Aurélio, Ed. Nova Fronteira,
2a edição 1986, pág 1773)

1
* Em lugar da esquerda arrogante e autofágica, a esquerda criativa e cativante.

* Em lugar do otimismo compulsório, a esperança crítica.

* Em lugar dos sonhos utópicos, as vigílias programáticas e pragmáticas.

* Em lugar das cartas de princípio, os bilhetes de começo, meio e fim.

* Sempre que se levantar questões, baixar soluções.

* No horizonte dos pontos de partida, os encontros de chegada.

* Antes de procurar as saídas, encontrar as entradas.

* Em lugar das viciadas veredas, os desafiantes caminhos.

* Em lugar das rotas rotinas, as radiosas rupturas.

* Em sintonia com o espírito que norteia, o corpo que suleia.

* E quanto pior, pior.

* E quanto melhor, melhor.

* E o importante são os talhes dos detalhes.

2

* Abaixo MDU: Mito, Dogma, Utopia.

* MDU: o trio tenebroso.

* Mito é a sombra do anão fazendo gigante no muro.

* Dogma é a ponte avançando antes de o rio nascer.

* Utopia é a costura seguindo sem a linha na agulha.

3

* Que a esquerda tenha a coragem de se olhar de frente no espelho.

E sem maquiagem.

* Ampla distribuição de espelhos retrovisores para que todos também possam ver a própria cauda.

4

* Abaixo a caricatura atual da militância!

* Partidos políticos: “minha eleição” , “meu espaço” , “meus cargos”

* Sindicatos: “meu dissídio” , “minha data-base”, “minha categoria”

* Movimentos sociais: “meu segmento”.

* Associações de moradores: “meu grupo” “minha rua”, “meu bairro”.

* Organizações Não Governamentais: ”meu projeto”, “meu pobre”, “meu gringo”

* Espaço de ação: “meu protesto”, meu “comício”, “meu fórum”

5

* Abaixo os atos-públicos-atos-íntimos de a gente olhando pra nós, os protestos sem contágio e as greves gerais irreais.

* Fora com o automatismo da ação política calendarizada e eventualista.

* Pela subordinação dos barulhos do marketing ao trabalho de massas.

* Mais programação ao vivo e menos em circuito fechado.

* E aos que pretendem insistir na mesma infecunda mesmice, recomenda-se a contratação de grupos teatrais para encenação de assembléias, passeatas, piquetes e comícios.

* Além de atores e figurantes, dublês e sósias impecáveis dos dirigentes permitirão que eles assistam a tudo em casa e em cores, onde assinarão depois os maravilhosos documentos de avaliação com a abertura: “foi uma vitória” ; e o fecho: ” a luta continua”.

6


* Chega de reproduzir no movimento popular aquilo que se critica nas cantigas do poder.

* Ninguém cria o que não vivencia, lugar de teoria é na prática e democracia pra ser boa começa de casa.

* Que se instaure a democracia entre as forças e os cidadãos de esquerda, não apenas enquanto medida provisória ou estado de emergência, mas como premissa e conclusão, meta e método, escada, trampolim e mergulho de vida e convivência.

* Pela alfabetização democrática.

* Que se providenciem as escolinhas de democracia, do maternal ao curso noturno, para todas as tendências e sub-tendências da esquerda.

7

* Abaixo a ditadura da meia dúzia.

* Chega de falar em nome do povo sem procuração nem consulta.

* Pela mobilização dos não consultados ante as imposições de diretórios, diretorias, gabinetes, escritórios, chefias, equipes, caciques, mandatários e porta-vozes em geral – autorizados, autointitulados, telepáticos e mediúnicos.

* Em lugar da ditadura das palavras de ordem, a sintonia com os anseios do povo.

* Contra a privatização do movimento popular por indivíduos ou grupos: gurus, tutores, protetores, patronos, papais, mamães, sociedades anônimas, companhias limitadas, condomínios e consórcios.

8

* Fora com o sadomasoquismo reverberante do tipo: “passei a noite sem dormir”, “hoje quase não comi” e “estou morto de tanto trabalhar”.

* Se noite de sono, fome e excesso de trabalho forem padrão de qualidade militante, que se promova como vanguarda política o trio formado por um vigilante noturno, um faquir e um jumento.

* E que se livre a todos do discurso chantagista da hora-extra militante, utilizada como poupança, lucro ou dividendo, com direito a grosseria e pompa, por quem se considera acionista majoritário da luta popular.

* Pela conciliação entre a luta popular e o leito copular.

* Por uma militância com poesia, prazer, amizade e humor.

9

* Contra o delírio político e a ficção na ação.

* Que os militantes assimilem a objetividade dos humoristas.

* Pela implementação dos Centros Integrados de Arte para Políticos – CIAPs – com abundância de professores surrealistas, abstracionistas e performáticos.

10


* Pelo estímulo à desinibição religiosa entre militantes, notadamente, no círculo dos que se dizem ateus, agnósticos e materialistas, para que diminuam o fanatismo, as igrejinhas, as confrarias e as seitas políticas.

* Que os ateus autênticos colaborem com os religiosos de todos os matizes no esforço pela dessacralização da vida política e para o exercício dos cultos nos lugares devidos.

11

* Pelas assessorias especializadas para todas as vertentes da esquerda psiquiátrica.

12

* Por uma adequada política de administração de narcisos.

13

* Contra a amnésia política daqueles que pretendem soterrar o passado ditatorial.

* Chega do saudosismo vitimista dos que analisam a história a partir do seu umbigo torturado.

* Fora com as mitificações e os tabus.

* Que as vivências, os depoimentos e as memórias sejam tratados como fontes de informação a serviço da atualidade política e da verdade histórica.
* Contra a necrofilia política.

* Que seja repensada a questão dos mortos e desaparecidos durante a ditadura, colocando-se em primeiro plano, não as chagas do seu martírio, mas o significado público e a responsabilidade da sua perda, as informações sobre as suas vidas e os seus jeitos de rir.

14


* Pela interiorização da política.

* Que a esquerda metropolitana deixe de falar em nome de todo o estado, em eventos de composição municipal e crachá estadual.

15

* Pelo crédito de confiança nos controles.

* Todos sabem que dor de cotovelo, gripe, picada de inseto, burocratismo, barata, ranço, má fé, antipatia, idiotice, autoritarismo e picaretagem, não são privilégios de nenhuma corrente ideológica e atacam a todas, com possíveis variações de grau.
* Em lugar da confiança cega em dirigentes e dirigidos, mecanismos eficazes de controle civil e prestação de contas de lado a lado, de cima pra baixo e, principalmente, de baixo pra cima.

* Pela desconfiança constante ante todas as versões e inversões oficiais.

* Que não se ponha a mão no fogo por ninguém.

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* Pela ótica com ética e a coerência no cotidiano.

* Quanto à ética socialista, não usai seu santo nome em vão.

* Em caso de pendências dentro da esquerda, considerar, inicialmente, que vanguarda também é massa, a carne é fraca e cabeça também é corpo.

* Depois, recorrer em crescendo aos princípios elementares de convivência entre as pessoas civilizadas e mais ou menos honestas, aos códigos de ética profissional, aos direito civil, aos dez mandamentos da lei de Deus e à Declaração Universal dos Direitos do Homem.

* Se for necessário aplicar o Código Penal, concluir que não se trata de pendência socialista e chamar a polícia.

17

* Que as figuras carismáticas e mitológicas da esquerda, da velha, média ou jovem guarda, sejam tratadas como simples mortais, que comem e descomem.

* Sem ranços de fanático desiludido nem ciúmes de candidato a cacique.

18

* Abaixo as cortinas de ferro, os muros de Berlim e os bloqueios do grupismo e do corporativismo: partidário, sindical, comunitário, segmental, grupal, executivo, legislativo e judiciário, militar e civil, patronal e peãozal, intelectual e assessoroso, de baixo e de cima, dianteiro e traseiro, lateral e diagonal, paralelo e transversal.

* Pelos projetos globais, pensando na família, na rua, no bairro, no município, no estado e no país, inseridos no mundo e no cosmos.

19

* Abaixo a ditadura do partidarizado.

* Pluralismo não é sinônimo de pluripartidarismo.

* Pela representação eleitoral dos sem-partido.

20

* Abaixo o derrotismo e o niilismo nacional com afetações de Primeiro Mundo, de parte daqueles que sobrevivem e se pavoneiam no Terceiro.

* Chega de construções lamentosas do tipo “é gente humilde/que vontade de chorar”, que a Esquerda Vicejante propõe como o Hino Nacional da Mendicância.

* Chega de papo de burguesia bondosa distribuindo lençóis de seda para os miseráveis enxugarem as lágrimas.

* Abaixo a política e a estética do vitimismo e da mão suplicante.

21

* A Esquerda Vicejante denuncia o cupulismo como a mais requintada e repelente expressão da cultura política nacional e identifica como seus produtos de exportação:

. o liberal de sala VIP;

. o democrata de condomínio fechado;

. o social-democrata de cobertura;

. o comunista cinco estrelas;

. o esquerdista de vitrine;

. o anarquista de salão;

. o agitador de corredor;

. o ativista de sala de espera;

. o dirigente de cadeira cativa;

. o pré-candidato a cacique;

. o cacique jovem-guarda.

. a liderança de outdoor;

. a transparência com vidro fumê.

22

* A Esquerda Vicejante proclama que nada é mais arrogante e raivoso do que um pequeno-burguês, pensando que é proletário, despejando bílis noutro pequeno-burguês.

23

* A Esquerda Vicejante adverte que, a partir das duas horas de duração, toda reunião é inútil.

* Denuncia o caráter antinacional, antipopular, antidemocrático e anti-socialista das reuniões nas sextas-feiras à noite.

* E propõe que a sexta-feira seja oficializada como o dia da “transição psicológica da semana”, preservada contra reuniões palavrosas e seminários semi-áridos.

24

* A Esquerda Vicejante reconhece que, de fato, foi superado o fosso tradicional entre esquerda e direita.

* Mas, considerando o empobrecimento e a miserabilização crescentes das camadas populares, ao lado do enriquecimento máximo das classes dominantes, em verdade vos diz que o fosso foi transformado em abismo, muito mais largo e muitíssimo mais profundo.

25

* Sem medo de ser de esquerda e socialista.

* A queda do muro de Berlim não mata nossa fome nem dilui nossa direita.

*A crise do Terceiro Mundo é também a crise do Primeiro Mundo, onde se situam mandatários e patrões.

26

* Contra a pressa e a impaciência política.

* Não identificar prazos de processo histórico com prazos de biografia individual.

* Chega de só pensar no fim do filme.

* Pela unidade entre a semana e o século.

* Por mais coerência e clareza.

* Contra os requebros da esquerda de quem vem, direita de quem vai, cujo símbolo é um camaleão com fita adesiva.

* Não confundir convivência com aderência.

27

* Sem medo do diálogo e contra o câncer do consenso compulsório.
* Um bom diálogo pode ser o começo de uma excelente discordância.

* Pela polêmica “brutal e sutil”.

28

* Pela radicalidade teórica e prática.

* Vaselina somente para facilitar a entrada e aumentar a profundidade.

* Sem confundir radicalidade com unilateralidade, sectarismo, grosseria,
fechamento ao diálogo, ofensa e atrito pessoal.

* “Radicalidade é descer às raízes”.

29

* Contra a fome, o raquitismo político e a subnutrição cultural.

* Pela inclusão dos excluídos.

* Por autonomia e cidadania popular.

* Pela República Alimentarista, fundada no direito democrático de o povo comer à
vontade.

* Repúdio a todas as modalidades da engenharia política dominante na história do
Brasil:

. poder moderador;

. atos adicionais;

. atos institucionais;

. medidas provisórias;

. pacotes e troca-trocas.

30

* Abaixo as frentes eleitoreiras, nas quais, em alianças com liberais, progressistas e populistas, os núcleos populares, intelectuais, artistas, ativistas, “pagam o boi” em mais valia militante, elaborando programas, mobilizando, cumprindo tarefas, sem garantias nas ações de governo, nem mesmo, das migalhas do churrasco.

* Chega do eleitoralismo de esquerda.

31

* Pela construção de uma aliança acima e além de eventos eleitorais, futricas grupais, instâncias oficiais e trique-triques de caciques.

* Pelas campanhas de mobilização popular partindo das necessidades reais das massas pesquisadas e consultadas

* Que se estabeleçam objetivos atraentes e palpáveis, permitindo avanços e vitórias que melhorem a vida e elevem o astra.l

32
* A esquerda vicejante proclama:

* liberalismo/neoliberalismo é masturbação sem gozo;

* social-democracia é gozar fora e em pé;

* socialismo stalinista é transar sem sarro e, muitas vezes, sobre cama de caco
de vidro e areia;

* socialismo com cidadania popular, pluralismo e controle civil é sarro, dança, gozo dentro conjunto e muitas vezes repetido em boa cama.

33

* Pela unidade matemática da esquerda e do bloco democrático-popular, a partir das quatro operações fundamentais, da soma algébrica, da razão e da proporção, do máximo divisor e do mínimo múltiplo, da racionalização dos denominadores e das probabilidades.

* Cuidado com as radiciações e as frações.

* E atenção especial no cálculo das funções, ante o risco de zerar o nosso denominador comum.

34

* Pela reativação cultural da esquerda.

* Contra a demagogia dialética, a invenção de contradições e a copidescagem da realidade.
* Que os intelectuais agônicos se situem no organogramsci democrático-popular,criando e recriando para as décadas.

* Menos parênteses e mais traços de união entre a produção intelectual e a militância política.

* Pela aproximação do intelectual eclético com o povo sincrético.

* Abaixo os premoldados políticos, teóricos e práticos.

* Não confundir sociedade civil com construção civil.

* Nem referência teórica com reverência teórica.

* Nem paradigma com paradogma.

* Nem processo histórico com processo histérico.

* Chega de pensar as coisas do país e da vida como uma neurose de vanguarda.

35

* Pela descomplicação verbal.

* Falar para ser entendido e não para ser decifrado.

* Que todos digam e ninguém coloque.

36

* Pela modernização da esquerda, de A a Z.

* A mesmice da esquerda é o tranqüilizante da direita.

* Que se assuma a modernidade em todos os níveis, enfrentando os preconceitos da Esquerda das Cavernas e sem engolir o dogma de que ser moderno é se aproximar da direita.

* A Esquerda Vicejante reafirma que o maior indicador de modernidade do planeta é o povo comer o mínimo de três vezes por dia, com suco e sobremesa.

*Vamos viver e conviver melhor, com mais universalidade, mais autenticidade, mais realismo, mais ousadia, mais abertura e mais luz.

*Sejamos uma esquerda com raízes, caules, folhas, flores e frutos.

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